- Vitorino Salomé – Nota Biográfica
Vitorino nasceu numa família de músicos, no Redondo, sendo ele e os seus 4 irmãos todos músicos, influenciados pelos seus tios. Vitorino é o terceiro dos cinco; o cantor Janita Salomé é o quarto.
Foi amigo de Zeca Afonso, que conheceu quando era a recruta no Algarve. Fixou-se em Lisboa a partir dos 20 anos, onde viveu a noite, em tertúlias e boémia. Em 1968 entrou para o Curso de Belas Artes, mas já pintava anteriormente.
Emigrado em França, estudou pintura. Alertado por um amigo que se ganhava mais a cantar na rua ou no metro do que a lavar pratos, o que fazia para sobreviver, agarrou na guitarra e fez-se cantor.
Em Paris acamaradou, entre outros, com Sérgio Godinho e José Mário Branco, igualmente emigrados. Colaborou em discos de José Afonso, Coro dos Tribunais, e Fausto.
Actuou no célebre concerto de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios. Lançou nesse ano o seu primeiro single: Morra Quem Não Tem Amores. Participou no disco Cantigas de Ida e Volta conjuntamente com outros nomes como Fausto, Sheila e Sérgio Godinho.
Em 1975, estreou-se com o seu primeiro disco que incluía uma das canções mais importantes do imaginário português: “Menina estás à janela”. No álbum Semear Salsa ao Reguinho aparecem ainda canções como “Cantiga d'um Marginal do séc. XIX”, “A primavera do Outono”, “Cantiga de Uma Greve de Verão” e “Morra Quem Não Tem Amores”.
Desde 1974 gravou 23 álbuns, 5 compilações, 5 singles, participou em 4 outras edições e em 17 colaborações, e fez 4 bandas sonoras para teatro e 1 para televisão.
Foi distinguido com o Prémio José Afonso/93 e o Se7e de Ouro/92 para música popular.
Com muitas intervenções internacionais, a última foi em Outubro de 2013, na WOMEX (World Music Exposition), em Tessaloniki, Grécia, onde a sua participação despertou muito interesse.
Com uma carreira preenchida de êxitos é um dos mais populares e queridos cantadores portugueses sendo a sua obra prestigiada nacional e internacionalmente, sendo regularmente convidado para se associar aos mais importantes músicos, grupos e cantores portugueses, tendo também colaboração expressiva com músicos brasileiros e cubanos.
Vitorino, mais do que um músico, é um artista multifacetado com preocupações culturais, sociais e, sobretudo, com uma enorme abertura para o intercâmbio artístico.